sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Eu achei que não durariam meses, mas se passaram anos e muitas desavenças, tivemos pessoas que estiveram presentes e outras que vieram depois, mas o importante e que persistimos e ainda estamos aqui, numa “valsa post-mortem” infinita que insiste em fazer-nos girar.

Não digo que sou perfeito, ao contrário, tenho tantos defeitos que se procurar qualidades teremos que cavar bem fundo e encontrar a geleira que está lá dentro, para quebrar todo o gelo, com extremo cuidado para não estragar o único lugar quentinho que guardo ali.

Estamos caminhando pela ponte, e ela está cheia de espinhos, eu ainda quero caminhar...


Feliz NÍVER!

"Para se chegar a Rosa, precisa passar pelos espinhos..."

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Uma nova Saga:

Meus queridos leitores, andei sumido por um tempo mas como toda Fênix, resurgi das cinzas e hoje é um novo começo, e pretendo brindar-lhes com uma nova saga.
Ainda não pensei em um nome para ela, mas quem sabe vocês me ajudam a "batizá-la" abraços e com vocês:

00 - Busca

"Ser Capitão de uma náu aérea e bastante complicado, principalmente quando não se tem tripulação ciente, tenho que dividir minha consciencia o tempo todo com meus autômatos, foi muito complicado no início, mas ja me acostumei.
Infelizmente hj não posso contar com os autônomos, preciso estar atento, então gasto um pouco da minha energia celestial para manter as coisas em funcionamento.
Tenho que encontrar aquela que atende pelo nome de Saphira, que a mesma vive pulando de nascente em nascente, mas de sete em sete anos ela se apaixona por um rio, mas como toda ondina, ela e escorregadia.
Meu pai havia me dito uma vez que essa, em específico seria facil encontrar, já que temos algo em comum, fico imaginando o que eu poderia ter em comum com uma ondina...
A viagem corria tranquila, o usurpador parece ter esquecido de mim por alguns dias, ou preparando seu novo ataque.
'E pra que raios eu tinha que lembrar dele', uma nuvem de incetóides mecânicos me aguardava oculta nas árvores, se eu não estivesse alerta por causa da minha busca, teriam me atingido em cheio, mas consegui me proteger.
A batalha em si foi bem simples, eu estava em plena preparação, o complicado foi evitar que as substâncias e os córtex dos autômatos caissem no rio, pois são absurdamente tóxicos, recolhi a todos e guardei no depósito, peças de reposição nunca é demais, eu estava esgotado por causa do esforço de manter tudo no ar e ainda batalhar só com a mente, eu iria procurar um lugar para pousar e descansar, mas antes que isso acontecesse, percebi alguma energia se teleportando para minhas costas, coloquei a mão no punho de minha espada, mas não senti hostilidade, apenas curiosidade, uma curiosidade infantil e inocente, lentamente larguei a arma e me virei.
Ela estava às minhas costas flutuando sob meu ombro, tinha cabelos num tom terroso que não soube definir se eram castanhos ou ruivos a altura dos ombros, uma expressão ao mesmo tempo inocente e travessa, vestia roupas típicas de exploradora...
- O que são essas coisas? - dizia ela com um ar de extrema curiosidade - São perigosas? Parecem perigosas! Posso pegar um pedacinho de um? Você já tem tantos, que que custa me dar apenas um?
Eu ainda estava cansado, e ela me bombardeava com perguntas, pretendendo me livrar daquele espirito peguei uma das pinças e a entreguei em silencio, e como recompensa também consegui que ela ficasse e silêncio. Ela ficou meio distraida com o objeto e eu precisava descansar, quando esbocei que iria dizer algo veio mais uma torrente de palavras.
- Quem é você? Não te conheço, ou será que conheço e me esqueci? De qualquer forma, qual seu desejo!
- Como é que é? - Perguntei
- Seu desejo oras! - Respondeu ela com um ar de quem se sente ofendida.
- Não estou entendendo, por que eu tenho que falar o que eu desejo?
- Tenha santa paciencia senhor... Não sei qual seu nome! - Dizia ela, mas desta vez estava confusa e distraida. - Mas não importa, diga o que deseja e estaremos acertados.
- Tudo bem! - Respondi resignado. - Desejo um imediato pra me ajudar em minhas viagens, pois preciso descansar, ele tem que ser esperto e destemido e 100% leal a mim, acha que pode me conseguir alguém assim?
Quase que instantaneamente ela fecha os olhos e é envolta numa luz azul ofuscante, chego a ficar um pouco zonzo, e a luz diminui, as roupas dela agora eram roupas de pirata, com chapéu de caveirinha e tudo, tinha um florete a sua cintura e um medalhão com uma enorme safira preso ao pescoço, aquela pedra me trazia um conforto, foi quando a ficha caiu...
- Qual seu nome garota?
- Primeira Imediata Safira dos Ventos Alegres se apresentando senhor!
Foi nesse momento que minha busca havia terminado, Encontrei a Ondina chamada Safira, mas essa era apenas a ponta de um iceberg de confusões que eu havia vislumbrado..."


sexta-feira, 23 de março de 2012

Flores e escuridão

"Caminho só pela chuva,
Observo as pessoas caminhando aos pares felizes
Sinto-me culpado por invejá-los
Então me lembro que sou Sith,
Escolhi trilhar o caminho dos amaldiçoados,
O caminho sombrio..."

"Não posso me dar o direito de sentir,
Muito menos o direito de desejar
Pois o que almejo é proibido."

"Ver-te chorar sem nada eu ter feito, e ouvir que o que faço não é o suficiente, destroi-me por dentro, cada lágrima que cai, é uma pedra de gelo em meu ser que se forma, e hoje decidi mais nada sentir, não mais me importar, se o que faço não adianta então não farei mais, cansei de ser o cara que passa a mão na cabeça e a tem mordida..."

Post Desabafo, hj toh mais depre que Edgard Alan Poe

sexta-feira, 4 de novembro de 2011


DESCULPE-ME

Peço desculpas por ser insensível, e enxergar o mundo apenas da minha forma, palavras que para mim surtem o efeito de serem simples, para outras pessoas podem parecer ofensivas, ou nesse caso, inexistentes.

Minha ânsia por proteger aqueles que me são caros cega às vezes meu raciocínio, e meu instinto fala mais alto, ledo engano em pensar que seria possível repetir a fórmula que com muitos funcionou.

Esqueço que com algumas pessoas em especial, entre elas está você, preciso agir como se fosse comigo, seguindo inclusive meu manual de instruções.

Saiba que, apesar de estarem fechadas, minhas asas estão prontas para lhe proteger, sempre haverá espaço para você debaixo delas, meu ombro sempre estará pronto para suas lágrimas, meus braços sempre estarão abertos para te abraçar ou para lutar em sua defesa.

Mas hoje tomei uma decisão, continuarei a seu lado, trilharei todos os caminhos com você, mas serão apenas aqueles que me permitir, e serão apenas os caminhos que desejar que eu trilhe.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

DESABAFO....


Hoje quero apenas desabafar, por pra fora sentimentos que me angustiam e machucam sem eu saber o que fazer, venho me sentindo em segundo plano em quase tudo que se refere a mim.

Noite passada eu senti isso, não por ciúmes ou inveja, mas por carência mesmo, foi quando parei pra fazer um balanço.......

Se eu estou triste, tenho colo, até outra pessoa precisar, aí tenho que me virar, tem sido assim minha vida inteira, inclusive eu já havia me acostumado com isso, mas eventos recentes me fizeram acreditar que eu teria carinho e atenção, ledo engano.

Quando olho tudo acontecer e eu do lado de fora, a sensação é estranha, é como se eu não estivesse ali, como se não pertencesse a esse mundo, é nesse momento que a voz lá do fundo me lembra, que sou fadado ao fracasso, ninguém precisa perder tempo comigo.

Hoje cheguei a conclusão de que minhas asas se fecharão, irei guardar meus sentimentos, minhas vontades, meus desejos, serei apenas eu, ou melhor, o velho eu aquele que nunca deveria se importar com essas coisas, se você não se importa, não sentirá falta, pois não tenho o direito de me importar, não tenho o direito de desejar, muito menos o direito de amar, não esperando algo em troca, isso não é amor, amarei essas pessoas a meu modo, irei protegê-las, irei ouvi-las, irei confortá-las, mas não esperarei mais essa recíproca, pois minha sina é essa ser o anjo da guarda de todos, mas se eu cair, terei que me erguer sozinho.

É momento do Robin fechar os olhos e Thanatos abrir os dele, pois a dor começou a me sufocar, é hora de parar de me importar.....

Belo Horizonte, 01 de Novembro de 2011.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011


“Quando o primeiro bebê deu seu primeiro sorriso, nasceu a primeira Fada...”

O texto de hoje é uma homenagem a uma amiga minha muito querida, que também é uma explicação sobre como são e como agem as fadas nesse meu cenário, mas em muitos outros se você reparar bem verá que minha visão de tais criaturas feéricas, é compartilhada por muitos escritores, entre eles J. M. Barrie, criador da peça, que é praticamente impossível que não conheçam, Peter Pan.

                “A Fada é um ser caprichoso por natureza, mas isso tem uma raiz. Como tais criaturas tiveram sua origem de um bebê, elas lidam com esse ‘defeito’ por toda sua existência, como todo recém nascido, elas são inconstantes, incompletas, sua essência é pura, mas não definida, como fomos todos nós em nossos primeiros dias de vida.

                O amor de uma criança é puro, simples e bem definido, ou ela gosta ou não, sem o luxo de um meio termo, assim são minhas queridas, eu as permito que tenham essa liberdade de sentimentos, pois sei que exigir que sejam definidas seria uma crueldade, e como seu rei não me permito a tal vil ato.

Devemos lembrar que tudo em sua existência muda e evolui, o mesmo acontece com as fadas, algumas escolhem ter uma forma ou aparência definida, é nesse ponto que você tem os Elfos, Trolls e até mesmo os duendes, todos eles são fadas em sua origem, mas escolheram ser o que são, alguns bons, outros maus.

                Já para minhas crianças, o conceito de bem ou mal não existe, assim como para um bebê, não faz diferença lhe dar um tapa ou uma carícia, isso são conceitos definidos, tanto que se você desperdiçar um minuto de seu tempo e observar as pessoas a sua volta, vai encontrar alguém para quem um tapa no rosto é mais gratificante que um beijo.

                Em resumo, Fadas são seres incompletos e curiosos que vagam em busca de sua parte faltante, ou até mesmo passeiam entre os mortais por curiosidade, buscando experimentar aquilo que elas não têm, seja amor, seja ódio, ou até o fato de terem uma única forma definida as intriga ao ponto delas alterarem a forma de um humano, não por maldade, mas pela curiosidade de ver como ficaria de outro jeito.

                Bom garoto(a) isso é uma fada, e posso garantir que nenhuma delas é inofensiva, portanto, e pensaria duas vezes antes de caçar confusão com uma delas, a menos que você tenha plena consciência do que está prestes a fazer...

                A propósito, não me apresentei, sou Robert Illizour Tudos, Robin Tudos para os mais chegados.....”


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bom pessoas, chega de esperar, com vocês.....



Capítulo 06 – Visitas


20:00 – Chove intensamente, Anabelle está sentada confortavelmente na poltrona do apartamento de Yanagor enquanto observa a lareira acesa, o fogo sob a madeira lhe trás lembranças nostálgicas...

Uma jovem, idêntica a ela amarrada a um tronco, com vários outros dispostos abaixo de seus pés, uma chama de tocha é jogada sob os troncos e rapidamente a jovem Lisys Tudos, grita agonizantemente por ser consumida pelas chamas. Ela implora por sua vida, alegando não ser bruxa, que haviam pego a pessoa errada, mas de nada adianta, minutos depois o silêncio e o cheiro de carne queimada toma conta do ar.

Em outro momento, a verdadeira Anabelle, uma mulher de pele clara, cabelos e olhos negros como o céu noturno, arrancando do corpo a própria pele e olhos, para os mesmos se regenerarem, mas com a aparência da Jovem Lisys.

Mais uma lembrança, um jovem completamente apaixonado chamando-a de Lisys, implorando perdão por tê-la deixado, dizendo que isso nunca mais aconteceria. Foi quando Anabelle trouxe o pobre Stephan para a “vida” noturna.

- Ora ora! Perdida em pensamentos minha cara? – Diz uma voz masculina vindo de uma sombra atrás da vampira. – Não adianta Anabelle, você sabe que mais cedo ou mais tarde ele descobrirá, então por que continuar com essa farsa?

- Você.... – A Vampira sussurra entre dentes e semicerrando os olhos, um brilho avermelhado toma conta das íris da “jovem” e algumas das chamas deixam a lareira para ficarem flutuando em pequenas bolas ao redor dela. – O que quer aqui Henrique.

- Nada demais, só quero saber até quando vai ostentar esse objeto que me pertence por direito, você sabe que sua não vida só existe por te dei a dica de como culpar minha sobrinha por seus crimes, e ela, coitadinha, deu o anel da família para o amado Stephan, que lhe entregou enquanto achava que você era Lisys, mas chega de momento nostálgico, vamos aos negócios, quer manter esse anel ainda em seu dedo?

Quase que sem notar Anabelle põe sua mão direita sob a aliança, que ela ostenta na mão, que é muito mais que um mero adereço de compromisso, trata-se do lendário anel dos Tudos, o artefato que tem o propósito de ocultar por completo o que o usuário desejar, no caso de Anabelle, a fera sádica e assassina que ela era, pois conseguia simular qualquer sentimento, nem mesmo os poderes de leitura sobrenatural são capazes de decifrar o usuário, pelo contrario, o usuário os faz com que o “leitor” enxergue a coisa mais inofensiva que existe, foi assim que ela fingiu amar Stephan até ele perder a utilidade, e foi assim que atraiu Yanagor para protegê-la, pois sabia que Beliasviel, ou melhor Henrique Delacroix, estava atrás do artefato que ela possuía.

- Fale logo sem rodeios, Beliel.....

As sombras do local se tornam muito mais densas e parecem se mover, a escuridão parece começar a se tornar tangível, pois Anabelle chega a sentir o toque gelado das sombras passarem por seu corpo e consumirem  como se nada fossem, as chamas que ela sustentava com seus poderes, o medo é tão intenso que a vampira fica imóvel, sente uma vontade louca de fugir dali, correr para o mais longe que pudesse, mas suas pernas decidiram não obedecer, e do ponto mais escuro do apartamento, ela pode ver nitidamente dois grandes olhos amarelos, nada próximo dos humanos, era algo muito bestial, muito grandes e pareciam chamas amarelas, ela não sabe por que mas percebe que suas pernas tremem, a vontade de chorar é imensa, se sente como uma criança encarando o bicho papão, mas está vendo apenas os olhos dele, ela deseja do fundo de seu ser não ver o resto.

Como se sentisse o medo de sua presa o demônio sorri, exibindo uma bocarra tão grande que nem de perto lembra um humano, o mais próximo seria um sorriso de desenho animado, que se estende de uma orelha a outra e casa um dos dentes fossem dentes de tubarão, aí sim teríamos uma idéia desse sorriso.

- Ouça, mas ouça muito bem, fedelha!   Nunca mais você irá se referir a mim por esse nome, nem pelo meu verdadeiro nome, e irá fazer exatamente o que eu vou lhe dizer.....

O monstro faz uma pausa antes de começar a falar:

- Uma King irá entrar em confronto direto com Ágata Belmont, você trará o sangue das duas para mim, caso contrário eu retornarei, e garanto que seu amiguinho, que se acha o mais poderoso dos seres, irá sentir na pele a diferença de idade que nos separa, não ouse me desafiar, estou cansado dessa brincadeira de criança, chegou a hora das trevas.

Anabelle, sente que as sombras realmente estão vivas, e atendem à vontade de Henrique, tanto que as mesmas criam pontas e fazem pequenos cortes no rosto da vampira, enquanto algumas se prendem a seus braços e pernas para que essa não se mova, ela sente sua carne ser cortada pelas pontas assim como a dor em seus pulsos e tornozelos.

- Espero que tenha entendido meu recado! – Diz a voz de Delacroix, vindo bem próximo ao ouvido de Anabelle, tanto que ela chega a sentir o hálito do ser em sua nuca, e o toque quente da língua da criatura em seu pescoço, descendo por seu colo por baixo do vestido, se movendo como uma cobra e enroscando-se em seus seios e em seguida retornando deixando apenas aquela sensação de umidade que é deixada quando lambemos a pele de alguém.

Depois disso, as sombras liberam Anabelle, que cai no chão e chora de soluços, pela raiva que está sentindo por ser incapaz de se defender, logo ela que nunca dependera de ninguém, mas ela iria dar o troco, mas primeiro, precisava da cabeça de todos os Belmonts restantes....

Ela se levanta e vai ao banheiro se lavar, enquanto usa de seu poder para reacender a lareira e incinerar o vestido que usava.

- Nada aconteceu! – Repetia ela durante o banho, apenas irei seguir como planejei, destruirei os Belmont, os King e por fim o que restou dos Tudos, passando que meu “querido” Yanagor.

Risadas estridentes podem ser ouvidas ecoando por todo o apartamento, o som das mesmas é tão alto que abafam o “Click” da porta sendo destrancada e aberta aos poucos, revelando que fora arrombada com maestria, e o arrombador é um homem de meia idade, trajando todo em negro, e carregando um chicote, uma espada, preso ao peito uma bandoleira com estacas, preso às costas um tipo de lançador de Virotes.

- Reconheceria essa risada mesmo que fosse no inferno, hoje me vingo! – São as palavras de Kayrus Belmont, enquanto termina de entrar no apartamento, pegando sua besta de repetição...

CONTINUA...