sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Hoje não postarei mais um capítulo da saga Yanagor, mas um de meus poemas que escrevi essa noite, faço deste poema um relato e um "presente" para todas as pessoas que tem medo do escuro.


TREVAS


Senti-se sozinho e busquei meus pais
Descobri que eles se mudaram e não me avisaram
Chorei e me desesperei
As Trevas estão a me espreitar

Busquei abrigo com meus melhores amigos
Descobri que tais abrigos nunca existiram
Chorei
As Trevas estão a me chamar

Busquei os prazeres e deleites
Descobri que a luxuria é temporária e a solidão sempre retorna
Entristeci-me
As Trevas estão a me tocar

Busquei em mim forças para continuar
Descobri que tinha voltado ao início da jornada
Mas dessa vez nada senti
As Trevas vieram me abraçar

Busquei em você algo sincero
Descobri que nunca estaremos sozinhos se olhar nos pequenos detalhes
Dei-lhe meu sorriso e fui embora
As Trevas são meu lar.....


Um excelente final de semana a todos meus queridos leitores.....

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Capitulo 02 – Laços

Noite, está chovendo, em meio as arvores do bosque, uma figura de negro caminha despreocupadamente, sem a proteção de um guarda chuva, um cigarro aceso, o único som que se ouve, é o cair das gotas da precipitação, o ser caminha até chegar a entrada de uma caverna, uma luz amarelada e tremeluzente vem de lá, ele caminha caverna adentro.......
- Demorou dessa vez Yanagor. – diz uma mulher de cabelos castanhos, e olhos verdes, pele empalidecida por se tratar de uma vampira, a mulher trajava um vestido cinza, de alças finas com o decote em “V”, tornando ainda mais exuberante seu seio, era uma bela mulher, de olhar singelo e despreocupado, não era nem de longe uma sombra da criatura amargurada encontrada por Yanagor meses atrás......
- Contratempos Annabelle, apenas contratempos. – Responde Yanagor, um dos caçadores mais temidos dessas terras, enquanto tira um embrulho de baixo de seu sobretudo.
- E encontrou o que procurava? – Pergunta a mulher
- Não, mas algo curioso ocorreu, encontrei uma Belmont...
- Uma Belmont? – Responde exasperada a mulher – “Os Belmont estão nessa cidade? O meu Deus Stephan!
- Acalme-se mulher, seu marido não apareceu, parece que ele está com Rudolf, seu amado acha que o “amigo" quer protegê-lo. – Diz Yanagor enquanto libera uma baforada de fumaça.
- Aquele maldito! Quando eu por minhas mãos em Rudolf...
- Você realmente acreditou que poderia viver uma mentira pra sempre? – Interrompe o caçador.
- Você não entende não é? – continua a vampira olhando nos olhos do Shemâmphora. – “Eu queria ser amada, não me importava se fosse através de uma mentira.”
- Ele amava seu corpo, você o enganou Annabelle, ele se revoltou quando descobriu que você assumiu a identidade da mulher que ele sempre amou, e usou esse amor para ter o que queria, um homem que lhe fosse fiel.
- O QUE VOCÊ SABE SOBRE O AMOR EIN!? Já foi abandonado para a morte alguma vez? Já foi traído por alguém que amava?
- Não. – Responde de maneira fria e sombria o caçador. – “Não sei nada sobre tal sentimento, a única mulher que amei, morreu em meus braços logo após dar sua vida para me livrar de uma vida de atrocidades que um da SUA estirpe me obrigou a viver, não sei o que é uma vida mortal por que nunca fui um, sou duas vezes mais monstro que você Annabelle, e 3 vezes mais condenado, sou metade anjo, metade demônio, e quando atingi a idade ideal, fui transformado em prole e escravo, então foi uma dos temidos BELMONT, a quem vocês tanto amaldiçoam que me libertou, eu tentei salvá-la, mas a transformei em um ser das trevas, ela preferiu morrer, isso é tudo que sei sobre amor, ela não deixou de ser quem era nem por um segundo.
Yanagor apaga o cigarro em um canto, coloca o pacote que estava em sua mão no chão e se afasta da luz da fogueira que está acesa dentro da caverna.
- Pegue, é sangue, você precisa se alimentar para não precisar sair por aí me dando motivos para caçá-la, e assim que parar de chover vamos para meu apartamento, acho que lá será melhor para você ficar durante o dia.
Ele senta em uma parte escura, se recostando, e fecha os olhos refletindo, e se lembrando de quando 
encontrou Annabelle....

Muitos boatos giravam em torno de uma fantasma que perambulava pelas florestas, diziam ser uma mulher que vivia chorando e perseguia alguns casais que estavam namorando no parque que fica na orla do bosque, aquilo chamou a atenção de Yanagor, poderia ser qualquer tipo de criatura das trevas, como ele jurou proteger os humanos, deveria averiguar e providenciar que aquilo acabasse.
Não demorou muito para encontrar com o “fantasma” precisou apenas adentrar um pouco na floresta, e encontrar um casal que queria se “divertir” entre as árvores sendo perseguido por uma figura decadente, de olhos fundos e olhar perdido, cabelos imundos, um ser que só se mantinha de pé pela sua vontade, a jovem caíra e fora largada para trás por seu “amado”, a criatura mostra suas presas, era uma vampira, o caçador preparava seu ataque, mas algo o surpreendeu, a criatura das trevas, no lugar de se lançar sobre a vítima semi nua e indefesa, agachou e começou a chorar. Aquilo chamou a atenção do caçador, a jovem, se aproveitou desse momento para se erguer e fugir dali.
Yanagor se aproximou daquela criatura, sabia o que tinha de fazer, mas algo o impedia, ele não sentia maldade emanando daquela criatura naquela frente, pelo contrario, era uma criatura boa apesar de sua origem, era uma mulher abandonada, desesperada, ela não tinha intenção nenhuma de ferir, queria apenas alguém para conversar, ele cortou um pouco seu pulso fazendo verter sangue.
- Tome o meu criatura, não matarei você, seria injusto, injustiça é característica dos da sua espécie e não minha.
A criatura ali presente, ergueu apenas o olhar, seu rosto, cinzento por causa do muito tempo sem se alimentar, coberto por lágrimas vermelhas que escorriam de seus olhos, o olhar opaco e sem vida, qualquer um que tivesse aquela visão julgaria se tratar de um zumbi, mas Yanagor sabia que era assim que ficava um vampiro que se negasse a tomar sangue por um grande período de tempo, e ela estava no seu limite, se afastou dos humanos para não ceder ao frenesi, que a sede causava, mas alguns casais teimavam em se aproximar, às vezes ela perdia o controle de seu corpo, mas recobrava a consciência antes de cometer a besteira de matar, sem seu amado Stephan, nada mais faria sentido, ela desejava apenas morrer.
O Meio anjo, a pegou pelos cabelos fazendo com que sua boca abrisse, e jogou o sangue a força garganta a baixo....
Annabelle, tentou inutilmente resistir à sede, mas ao sentir o toque do sangue daquele homem, cedeu tomou desesperadamente, e sentiu a sede abandonar seu corpo, poucas gotas foram o suficiente para saciá-la, e a medida que recobrava as forças, mais triste se tornava, melancólica, tomou consciência do pesadelo em que vivia.
Yanagor interrogou a mulher, ouviu atentamente sua história, há anos ela vivia reclusa com seu marido, Stephan, ambos evitavam ao máximo o contato com pessoas, procuravam outros meios para saciar a sede, não queriam fazer mal às pessoas das quais fizeram parte um dia, mas Annabelle possuía um segredo, fingia ser a amada de Stephan desde a morte da mesma nas fogueiras do Santo Ofício e por meio de um ritual, adquiriu a aparência da falecida, vivera assim por décadas, até que Rudolf, Ex noivo de Annabelle também vampiro, conseguiu um meio de expor toda a verdade, deixando assim, Stephan com ódio da mulher que vivera, partiu com Rudolf, seu ‘”único e verdadeiro amigo”, o que Stephan não sabe, é que Rudolf vivia chantageando Annabelle com isso, e quando esta resolveu não ceder, ele a entregou.
Porém, Annabelle amava Stephan, com o tempo ela chegou a perceber que o mesmo era o homem que ela procurou em sua existência, e sem ele ela preferia não viver, desejou que o Caçador acabasse com sua dor, e a mandasse para os portões do Limbo.
Yanagor disse que não o faria, que apesar de ser uma criatura das trevas, Annabelle não praticava o mal, sempre procurou meios de não ferir os humanos, e graças ao dom herdado por Maliel Belmont, sua salvadora, sabia que Annabelle era boa e compartilhava da visão de Yanagor no mundo, não era por que nasceram do mal devem sê-lo, e propôs ajudá-la a encontrar Stephan, até lá ela viveria com ele, ele conseguiria o sangue que ela precisava para sobreviver.
O que Annabelle não sabe, é que Yanagor estava cansado de viver sozinho, um ser de séculos de existência, e quase 100 anos sem alguma companhia, e vira ali, naquela não viva, uma oportunidade de ter com quem conversar um pouco, pelo menos até encontrar seu amado Stephan, quando ela partiria, ele não sabia se Stephan estaria ou não atacando pessoas, mas resolveu confiar em seus instintos, de acordo com a história era apenas uma grande vítima, que aprendera com Annabelle a viver sem precisar matar, e se houvessem mais como eles, não haveria necessidade de caçar, em meio às trevas ele vira um lampejo de luz.”
- Parou de chover Yanagor, até quando vai ficar cochilando? – Chama Annabelle.
Ele abre seus olhos, observa aquela que em poucos dias se tornou uma grande amiga, se levanta, sacode a sujeira que se prendeu a seu sobretudo, acende outro cigarro. E sai caminhando.
- Até quando você vai ficar fumando ein? – Pergunta a vampira em tom de censura. – “Que coisa mais idiota, isso faz mal sabia?”
- Quer parar? Eu sou imortal esqueceu?
- E quem disse que estou falando de você? Falo dos mortais que respiram o ar poluído que você libera......
Yanagor apaga o cigarro na mão, Annabelle dá um largo sorriso de triunfo, se aproxima do caçador e abraça seu braço, ele olha a atitude dela meio espantado, apenas suspira e continua andando.
 
“O que Yanagor também não sabia, era que para Annabelle ele havia se tornado o estandarte que a sustenta, um amigo para todas as horas, e um exemplo, de que ela deveria ser ela mesma e nada mais que isso, apesar da sua condição, um amigo que ela nunca teve quando mortal, e um anjo que aparecera em sua vida, apesar de não saber nada sobre a origem dele.”
Henrique Delacroix observa do outro lado da rua o casal saindo do parque abraçados como namorados, os acompanha por alguns instantes com o olhar, depois coloca seus óculos escuros e começa a caminhar no sentido contrário ao que eles foram.

- Hum! A “vegetariana” e o Caçador. – Sussurra ele. – “Isso está ficando interessante."

E sai caminhando pelas ruas recém lavadas pela chuva de maneira descontraída e assoviando.......

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Post 03

Boa quarta galera, mais um Capitulo da Saga Yanagor pra vcs, espero que gostem ^^

 Capítulo 01


Sob a sombra de uma árvore, acendo meu cigarro, observo aquela caçadora que algumas horas atrás quase fora morta por um servo, que garota impulsiva, sequer cogitou assegurar o perímetro, Henrique Delacroix, não é um vampiro iniciante, pelo contrário, ele é tão poderoso quanto o seu amado Dimitri, uma pena, uma jovem com um futuro promissor e uma cabeça tão estragada, tsc!

Dou minha baforada, liberando a fumaça de meus pulmões e relembrando meu encontro com aquela garota.....

23:00 – Chove, um homem bem vestido, porém um tanto excêntrico caminha pelas ruas sujas da cidade, a imagem daria uma bela pintura pelo contraste, as paredes molhadas e escuras, pela fraca iluminação dos postes, parece se tratar da periferia, pilhas de lixo espalhadas pelas calçadas acentuando ainda mais a presença daquele homem trajando um terno cinza com risca giz, corte de algumas décadas atrás, se não fosse pela exímia costura, seria uma ótima vestimenta para um baile de época, o homem tinha cabelos longos e ondulados, em sua cabeça uma cartola (o que tornava ainda mai excêntrica a figura) carregava na mão direita uma bengala e na esquerda um guarda-chuva, protegendo-se assim da precipitação.
O homem entra em um beco ainda menos iluminado que a rua, caminha tranquilamente até o final deste, onde é uma área coberta, o homem fecha seu guarda chuva, enrolando-o tranquilamente.
 - Até quando ficarás esperando para revelar-se caçadora? – Diz o homem. – Achas esperta o suficiente e passar despercebida a meus sentidos? Isso seria amadorismo.

- Se já havia me notado vampiro, por que veio direto para minha armadilha? – Responde uma figura que se revela de sua ocultação, uma jovem de cabelos médio longos, pouco abaixo dos ombros, trajava roupas negras para acentuar seu ocultamento, presa a sua cintura, uma espada embainhada, e na sua mão direita, um chicote.

- De certo que aqui há uma armadilha milady, mas para vossa infelicidade a mesma não provém de sua genialidade....

De súbito, a caçadora ataca sua caça com seu chicote afim de aprisioná-lo com o mesmo, porém o Vampiro parecia esperar por esse tipo de ataque e o bloqueia com seu guarda chuva, deixando o chicote enrolar nele e dá um solavanco em sua direção fazendo a caçadora ser “arremessada” em sua direção.
Porém a mesma se mostra não tão inocente quanto o ancião pensava, aproveitando-se da inércia causada pela força do vampiro, girou seu corpo e preparou um chute, o ser das trevas, que era mais rápido que ela, segurou sua perna, e a caçadora, que esperava por isso, girou seu corpo entorno de sua presa, fazendo o mesmo perder seu equilíbrio e ser lançado contra uma das paredes do beco, fazendo um buraco por causa do impacto.

- Belo golpe! – Diz sorrindo o homem expondo suas presas. –És digna dos Belmont, pena não serdes possível transformá-la, serias uma excelente aquisição a nossas fileiras.

Lentamente a jovem Belmont desembainha sua espada, que parece emanar um brilho acima do normal pelo metal.
O Vampiro une suas mãos e dá um sorriso, a jovem estranha aquele ato, e percebe que o homem não olhava para ela e sim para o enorme vulto atrás dela, que não deu sequer tempo para uma reação, e já foi golpeando-a em seu braço direito rasgando a manga da sua jaqueta deixando um pequeno corte em seu braço, devido a grande resistência dos Belmont, pois se fosse em uma pessoa normal, teria sido dilacerada pelas garras da gárgula que a atingiu.

- Bem Srta. Belmont, devo despedir-me no presente, deveras admiraria ver como sairias nesse embate contra um de meus servos, mas o presente momento exige minha atenção voltada a outros assuntos, foi um prazer conhecê-la.
Dito isso o homem desfaz-se em sombras e desaparece.

A caçadora encara seu adversário, é uma criatura grande, uns 2 m e meio de altura, possuía asas escuras, assim como o resto da sua pele, as mesmas estavam dobradas.

“tenho que aproveitar que esse terreno dificulta a movimentação dele.” – pensa a caçadora. Porém, meio como em resposta ao seu pensamento, o ser abriu as asas e ela notou que elas atravessavam as paredes, sem danificá-las, se tornando intangíveis, o monstro ergueu seus dois braços, e desferiu uma investida desenhando um círculo vertical em direção a jovem, que se esquiva por pouco, pois a criatura é muito rápida, ela calculou seu salto milimetricamente, pois ao contrário da criatura ela não atravessa as paredes. Ela toca suavemente o chão com uma graça felina, mas seu ombro de súbito “explode” em um rasgo e um ferimento, aparentemente mais sério que o primeiro. “Mas eu me desviei do seu golpe, o que houve?” Sem ter tempo para raciocinar ela teve que saltar para o lado, pois a criatura era implacável e investia mais uma vez em sua direção, a jovem se lança para o lado, mas fez uma infeliz escolha, a parede estava muito próxima batendo nela com seu ombro ferido, o que a levou ao chão, e permitiu à Gárgula atingir sua perna, ferindo-a seriamente.
Com sua adversária ao chão, e ferida a criatura sorri e prepara seu ataque final, e salta sobre sua vítima.....

Mais um vulto aparece naquele cenário, um homem trajado completamente de negro, segura com uma das mãos a garra da gárgula, e com a outra atravessa o peito do servo do Vampiro, a criatura nem entende direito o que houve, e se desfaz aos olhos de seu algoz.

A Caçadora, prestes a perder a consciência observa seu salvador as voltar lentamente a ela, o que não permitiu olhar nitidamente  para seu rosto, deu apenas para delimitar que seus cabelos eram longos e possuía uma mecha branca na frente.

- Hum, então quer dizer que os Belmont ainda existem, interessante!
Foram as últimas palavras que Ágata Belmont ouviu antes de desmaiar

Yanagor pegou a jovem em seus braços e a carregou para um parque não muito longe de onde ela estava, usou um pouco de seus poderes para curar as feridas, sua vontade fora testada ao máximo pois 100 anos se passaram desde que se alimentara de sangue humano, e a sede começa a lhe atormentar, ele quase cedeu a seu instinto maldito, mas o rosto da jovem o fizera recuar, pois ela se parecia muito com sua salvadora. Trazendo memórias a muito esquecidas a tona em sua mente.........

Yanagor não é uma criatura qualquer, seu antigo senhor o adquiriu de maneiras escusas, uma situação rara que ocorre 1 vez a cada 10.000 anos ou mais, um demônio se apaixonar por um anjo, e ser correspondido, porém dessa união, algo não permitido por nenhum dos mundos nasceu, uma criatura conhecida como Shemânphora, tanto angelical quanto demoníaca, tão poderosa quanto ambas porém sem suas fraquezas e limitações, e com um porém, sua presença não poderia ser detectada por nenhuma das outras raças, o que aos olhos de Nerislav, seria perfeito, aproveitou da confusão pois ambos eram caçados e roubou a criança, “cuidando” dela enquanto crescia até atingir a idade correta, o que aconteceu aos 18 anos de idade do ser, Nerislav sabia que um Shemânphora envelhecia como um humano normal até o 18º inverno de sua existência, a partir daí, seus poderes se aflorariam, mas o Vampiro não queria o ser fora de seu controle, ele sabia que se torna-se a criatura em um filho da noite, ele estaria a mercê de seu criador, e foi o que fez.

Yanagor viveu sob essa condição durante 100 anos de sua existência, um Shemânphora transformado que tinha os poderes de um anjo, um demônio e os de Vampiro, e a mercê de seu senhor, apesar de toda essa maldição, o “jovem” de 118 anos, não nutria maldade em seu coração, podia andar a luz do dia por causa de sua origem celestial, mas ao longo que os anos foi passando, foi sentindo uma sede imensurável em seu ser, foi quando descobriu que a cada 100 anos deveria se alimentar como o Vampiro que nele existia, mas não queria matar ninguém, nem fazer mal, foi quando foi obrigado por seu senhor a fazê-lo, o que fez nutrir ainda mais o ódio que o servo tinha por seu senhor, mas era escravo da vontade desse.

Mais 100 anos se passaram, quando ela veio, Maliel Belmont, uma caçadora que soube das atrocidades do vampiro e teve um combate direto com o servo deste, a mesma era muito boa em suas armas mas a criatura era muito mais poderosa que qualquer vampiro que tivesse enfrentado, mas algo estava errado, ela nitidamente percebeu que o servo não a atacava diretamente duas vezes que estava para cair de um precipício foi golpeada, sem muito dano e lançada de volta para não morrer, foi quando notou que a criatura pedia para ser morta, seu coração chorava ansiando por isso, uma das habilidades de Maliel era ler o coração das criaturas, e ela se atreveu a ler o daquele que se encontrava a sua frente, e descobriu que o ser na sua frente era puro, porém maculado pelo mal de seu senhor, descobriu também a maldição que o assolava a cada 100 anos, e resolveu arriscar, pagando um preço muito caro para libertar aquele a sua frente, cortou seu próprio pescoço com sua adaga, deixando verter seu sangue na frente daquele que ela escolheu para ser seu algoz, Yanagor cego por sua sede tentou resistir o máximo que pode, chegou a se aproximar para curá-la, mas seu mestre impôs mais uma vez sua vontade fazendo-o se alimentar da jovem Belmont, não podendo evitar, o fez.

Mas o que o antigo vampiro não sabia era que o sangue da Belmont a sua frente seria sua ruína, a medida que Yanagor sorvia-o fora recuperando a consciência e, conseqüentemente, sua vontade, livrando-o do julgo de seu senhor, parou de tomá-lo assim que recuperou seus movimentos, deixando a jovem caçadora a beira da morte, seu “senhor” exigia que ele a matasse, mas Yanagor continuou imóvel, o homem tentou executar o encantamento que daria o controle total dos atos de seu servo, mas o mesmo continuou imóvel, e de súbito desapareceu diante de seus olhos, reaparecendo a sua frente e atravessando seu corpo com o punho, findando assim, a existência do morto vivo.

Yanagor tentou curar as feridas de Maliel, mas havia sugado muito sangue dela, a mesma não resistiria até o amanhecer, em um ato de desespero deu a ela um pouco de seu sangue, transformando-a em uma criatura noturna, ela assustada com o que aconteceu disse a ele que os Belmont não se tornam vampiros, talvez pela origem do Shemânphora, ele conseguiria faze-lo, e não eram acometidos pela sede, ela o fez prometer que nunca mais o faria com nenhum Belmont nem com ninguém, pois viver nas sombras rastejando entre os pobres e se alimentando daqueles que juraram proteger, não era algo digno de um paladino, ela desejava morrer, foi o preço que ela aceitou pagar em troca da liberdade de uma das criaturas mais poderosas que já existiu, porém antes ela pediu ao ser que continuasse seu trabalho, erradicar o mundo daquelas criaturas, mas que soubesse julgá-las pois nem todas são más, é o ciclo da existência,  e Yanagor deveria manter o equilíbrio, durante toda a noite ela contou como um caçador deve agir, como as criaturas deveriam ser eliminadas, e ao amanhecer ela pediu que ele a levasse a torre mais alta do castelo para contemplar o último alvorecer, o sol estava para nascer, então ela abraçou aquele por quem deu sua vida beijando-o nos lábios, o meio anjo a segurou em seus braços e a beijou como se houvesse esperado a vida toda por aquele momento, ergueu-a do chão, e saltou em uma queda livre, Maliel, fechou apenas seus olhos para sentir a ultima brisa do amanhecer perpassar seu corpo, sentiu o toque da manhã, ela pensava que seria doloroso, talvez por seu criador ser um meio anjo fora privada dessa sensação, ela se sentia feliz, abriu seus olhos e  se viu nos braços dele, e viu suas asas, cinzentas, porém belas e imponentes, eles estavam voando e a medida que o sol surgia no horizonte, seu corpo de desfazia em cinzas, a ultima coisa que sentiu foi o toque da lágrima do anjo que a carregava nos braços, sabia que tinha feito a escolha certa, sabia que ele seria o maior caçador que esse mundo já viu......

O caçador recobra seus sentidos, e nota que o sol está nascendo, se afasta da jovem caçadora ainda desacordada, tira do bolso seu maço de cigarros e se encosta entre as árvores apenas observando-a despertar, coloca um cigarro na boca e acende seu isqueiro...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Postagem 02

Essa crônica eu escrevo nas horas vagas, irei dividir por aqui com vocês.
O personagem principal é Yanagor, um carinha diferente que aparece em tudo que eh cronica que escrevo, espero que gostem, aguardo críticas ein?


Prólogo: “A presa”

- Você está um pouco tenso meu jovem, estou imaginando coisas ou estou diante de um homem que teme uma mulher?

Diz a bela presença diante de meus olhos, uma mulher de cabelos negros e lisos muito bem cuidados, que se estendem até o meio de suas costas, sua pele anormalmente alva e jovial, porém fria, quase gelada ao toque, seus olhos são negros e penetrantes, ao olhar dentro deles, vejo um brilho distante e pareço me perder na escuridão, permaneço em silencio, meu corpo deseja o dela, mas não sei por que estou trêmulo, só estive desse jeito quando confrontei com a cara da morte, me sinto uma presa diante de meu predador.
Meu corpo se entorpece e vou em direção a seus braços, “Mas por que estou fazendo isso?” me pergunto, “Como vim parar nesse quarto luxuoso, com tantas peças de arte? Cada quadro, um mais belo que o outro, a cama possui adornos pintados em dourado, com esculturas de rosas, muito belos, ela é muito bela, bom demais para ser verdade...”
 Meu cérebro volta a trabalhar, ela é uma vampira, um ser das trevas, e eu sou sua presa dessa noite, lembro-me para que e por que eu estou aqui, estou quase ao alcance de seus braços, “perto demais”, tento deixar meu desejo carnal de lado, é quase impossível, então beijo seus lábios, seu beijo é doce como mel, “pelo menos será uma morte prazerosa”, eu abro os botões de sua blusa e acaricio seu seio esquerdo, ela beija o canto de meus lábios, “está preparando o bote”, eu aperto com um pouco mais de força, ela treme um pouco e geme baixinho, ela mordisca minha orelha, “deve ser agora”, imagino eu.
Então acontece...
Meu punho sai por suas costas, olho dentro de seus olhos e aprecio enquanto eles perdem o brilho, “descanse em paz”, sussurro em seu ouvido e beijo mais uma vez seus lábios enquanto ela deixa esse mundo, seu corpo se desfaz em cinzas, geralmente é assim, “que desperdício de beleza”, falo enquanto acendo meu cigarro.
Pego meu casaco que está jogado no chão, visto e sigo em direção a porta, eu adoro o meu trabalho...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Postagem 01

Poucos momentos de minha existência, tive chance de ser eu mesmo, esse sábado, quase foi um desses, mas me sinto bem por isso, agradeço a todos os presentes, em especial ao PAI de alguém, que nessa hora o “outro” eu pôde se sentir feliz em ver coisas que pessoas “comuns” não seriam capazes de ver.

Parece meio depressivo, mas se trata de uma descrição sincera. 

Meu Demônio interior pode se alimentar, e pessoas felizes me deixa feliz, mas hoje estou melancólico, tanto que criei esse blog pra por pra fora coisas que não falo a muitos, mas são coisas que nem todos que lerem entenderão.

Uma OTIMA segunda a todos e uma EXCELENTE semana, em breve meus poemas começam a aparecer por aqui rsrsrsrsrsrs, MINFUCK para todos.