segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Uma ótima segunda pessoas, atentendo a pedidos, mais um capítulo da Saga do Yanagor pra vocês, Beijo na nuca e mordidas na escápula de todos ^^

Capítulo 04 - July King

Um bar a noite, música alta, pessoas trajando negro conversando e sorrindo alto, 3 figuras se destacam, três homens trajando jaquetas negras de couro bem ao estilo motoqueiros, ambos com mais de 1,80m de altura de olhares libidinosos a uma jovem sentada ao fundo, pele clara, com algumas sardas no rosto, cabelos vermelhos longos e encaracolados, ela usava uma boina negra, assim como óculos escuros de lentes circulares, estava levemente maquiada, nada extravagante, em contraste com as outras presentes, que carregavam na maquiagem, ela vestia roupas simples porém belas, ela trajava completamente de negro, assim como quase todos naquele ambiente gótico, calça e jaqueta de couro, calçava luvas e coturnos, igualmente negros, bebia uma dose dupla de wisky.
Os homens resolveram acompanhá-la, sem serem convidados, sentaram nas 3 cadeiras vagas da mesa.
- E aí gatinha, o que faz sozinha num lugar como esse? – Começa um dos homens.
- É perigoso andar desse jeito, ainda mais por essas bandas. – Continua um segundo.
- E por que eu deveria temer. – Responde tranquilamente a jovem. – “o máximo que encontrei foram 3 poodles pulguentos, isso num assustaria nem a minha avó.”
- É mesmo moça? – Interrompe um terceiro. “– E esses poodles estavam onde?”
- Revirando umas latas de lixo pelo bairro. – responde a moça, esboçando um leve sorriso com o canto do lábio. “– Mas sabem o mais engraçado? Parece que cachorros no cio não conseguem ficar quietos no seu canto, então resolvem revirar todo tipo de lata, até achar uma fêmea para tentarem acasalar, e se sentam na primeira cadeira vazia de mulher que enxergam.” Termina a ruiva que esvazia o seu copo, tranquilamente.
- TÁ FALANDO DA GENTE É!? – irrompe o primeiro homem
- Ora, ora! Parece que os poodles foram ensinados. – provoca a jovem. – “Até sabem quando são chamados sem citar os nomes.” Finaliza a provocação.
- Escuta aqui gatinha. – começa o terceiro. “- Não é por que resolvemos lhe fazer companhia, que estamos dispostos a sermos chacoteados por você, e não é por que você é uma mulher que vamos pegar leve.” Finaliza o homem apontando o dedo para o rosto da mulher, que o agarra em um movimento tão rápido que os 3 sequer perceberam quando ela fez isso, até ela começar a torcê-lo.
- Primeiro, eu não gosto de gente intrometida, segundo, nem minha mãe aponta o dedo pra minha cara e terceiro, vocês não estão em condições de montar banca nem aqui nem em lugar nenhum. – Irrompe a jovem torcendo lentamente o dedo que segundos atrás apontava para seu rosto, fazendo o dono do mesmo se contorcer com a dor que sentia. – Agora se os ‘totós’ estão ofendidos podemos resolver isso lá fora nós 4 que tal? Um ménage a ‘quatrre’!? Ela solta a mão do homem e se levanta tranquilamente, sendo imitada pelos outros 3 ocupantes da mesa e seguida pelos mesmos até a porta de saída do bar.
Dois dos homens se entreolharam e sorriram, o terceiro, que tivera seu dedo quase quebrado, emitiu um som que lembrava um rosnado de animal, fazendo a face dos outros dois se tornar neutra quase que instantaneamente, os quatro seguiram para um beco escuro sem saída, logo atrás do bar em que se encontravam, a jovem seguia a frente, caminhando pausadamente de maneira sensual, os 3 homens pararam para admirar o movimento dos quadris da mulher e seus olhares se tornaram ainda mais libidinosos, a ruiva se virou encarando os 3 e tocando o zíper de sua jaqueta fazendo olhar provocador, e descendo-o de maneira sensual, revelando um decote igualmente belo, pois por baixo da jaqueta, havia uma camiseta, com gola em “U” nada vulgar, mas nem por isso menos belo.
- O que pretende com isso sua vadia? – diz o 3º homem, de maneira brusca. “- Vai ter que rebolar muito pra compensar suas ofensas.” Decretou o mesmo.
- Que isso meninos? – Dizia a jovem enquanto colocava a mão direita atrás do tórax, por baixo da jaqueta. “– A diversão será mais que intensa!” – finalizou a frase com um beijo, seguido pelo arremesso de uma pequena adaga que ela havia pegado às suas costas, que foi tão inesperado que o homem que quase teve o dedo quebrado, agora tinha a garganta atravessada pela lâmina.
- Sua... – Foi a última palavra do homem antes de cair inconsciente.
- O que? – Surpreendeu-se um dos homens ainda de pé. “– Ora sua! Vai pagar caro por isso!” - Decretou o mesmo, a medida que sua massa corporal aumentava de tamanho, rosnados puderam ser ouvidos da rua, mas as pessoas daquela vizinhança já estavam acostumados com esse tipo de som, a pele do homem foi se tornando escura, pelos começaram a crescer em seu rosto a medida que o formato de seu crânio foi alterando sua forma para se adequar ao que se transformava, as roupas foram rasgando a medida que o corpo crescia, e em instantes ele atingia mais que o dobro de sua altura, e sua aparência era um misto de homem com lobo, um Lobisomem.
- Ora! E não é que o poodle ta nervosinho? Tão cedo? Pena, achei que seria um pouco mais difícil tirar a paciência dos pulguentos.
Em resposta ao comentário da jovem a criatura avançou em direção a ela, em um galopar que rachava o chão com o peso do animal, a criatura era sápida, e em frações de segundo venceu a distância que era de uns 10,0 metros entre ambos, investindo com a bocarra aberta.
A jovem apenas curvou seu corpo para trás, estendeu seus braços ficando numa posição que lembra um goleiro esperando a cobrança de um pênalti, e quando o monstro tentou mordê-la, jogou o corpo para trás se deitando, fazendo a enorme criatura passar por cima dela, o lobo, meio abismado com a agilidade e velocidade de sua adversária, perdeu a concentração, coisa não muito difícil, pois já estava furioso, passando direto e não percebendo que o que a mulher desejava era esta abaixo dele, dando a ele apenas a oportunidade de ver as lâminas que brotaram do solado do coturno, enquanto ela batia ambos os pés em seu peito com tamanha força que o lançou uns 5 metros acima do chão, mantendo ainda cravadas em seu peito as lâminas, fazendo-o cair no chão com enorme impacto e inconsciente.
- July King! – Grita assustado o homem que ainda está vivo, enquanto sai correndo a toda velocidade do beco.
- Tsc! La vamos nós de novo. – Reclama a ruiva enquanto se lança atrás dele.
A Jovem é bem mais rápida que o homem, bloqueando seu caminho antes que esse saísse do beco, sacando duas pistolas que estavam ocultas sob as mangas de sua jaqueta, lançadas para suas mãos através de mecanismos de molas e cabos, e apontando para seu “oponente.”
- Gente, que coisa não? A minutos atrás você estava até rindo achando que eu seria uma “foda fácil”. Por que vai fugir agora? – diz sarcasticamente July King.
O homem, ainda assustado, surpreende a caçadora se agachando e levantando com uma mendiga assustada que estava encolhida atrás de uma lata de lixo, aparentemente se protegendo do frio da noite e dormindo.
- Larga ela seu estrupício, larga ela agora,!
- Quem vai largar é você, e vai largar essas duas armas senão eu quebro o pescoço dela. – Diz sorrindo o homem.
- Pode quebrar, assim que o fizer eu fuzilo vocês dois.
- Você não faria isso! – grita assustado o Homem.
- Por favor! Não quero morrer ainda moça. – Grita aos prantos a mendiga.
- Sinto muito moça. – Diz a ruiva disparando um tiro em seguida.
Ambos caem inertes no chão, o homem demora uns 10 segundos se debatendo até cessarem seus movimentos, a mendiga agoniza no chão a dor eh tamanha que ela não consegue gritar, seus olhos esbugalhados.
- Ele era mais alto que você, e eu tinha que acertar o coração, sinto muito por ter acertado seu ombro.
A caçadora se abaixa e toca a ferida da mendiga, a ferida apenas olha nos olhos da ruiva, e vê que emanam um brilho dourado, e pouco a pouco a dor vai abandonando seu corpo, sente um leve formigamento onde a bala entrou, e em pouco segundo ela fica zonza, mas não sente mais dor, quando volta a si percebe que está sozinha no beco nem a mulher, nema a ferida, nem os corpos dos homens e da criatura se encontravam mais lá.

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Um bar a noite, música alta, pessoas trajando negro conversando e sorrindo alto, uma figura se destaca de toda essa agitação, uma mulher de cabelos vermelhos longos e encaracolados, ela tem pele clara, algumas sardas no rosto, esta vestida toda de negro, possui uma boina na cabeça e usa óculos de lentes escuras e circulares, uma garrafa de Whisky e um copo com gelo decoram a mesa em que está sentada.
July King sempre executa esse ritual após um trabalho, um bom Scotch e boa música são alívio para seus músculos recém exercitados, ela percebe uma figura se aproximar um homem trajando um terno cinza com risca giz, corte de algumas décadas atrás, se não fosse pela exímia costura, seria uma ótima vestimenta para um baile de época, o homem tinha cabelos longos e ondulados, em sua cabeça uma cartola (o que tornava ainda mai excêntrica a figura) carregava na mão direita uma bengala.
- O que quer aqui morto vivo. – Pergunta bruscamente a caçadora.
- Calma minha querida! – Responde Henrique de Lacroix. “– Vim apenas lhe propor um negócio.” A da um largo sorriso,
- Não estou interessada, não gosto dos negócios que a sua laia propõe.
- Pra uma caçadora mercenária não está um pouquinho orgulhosa demais não? Nem ouviu o que tenho a lhe propor. Você sabe que no ramo de caçadores você é considerada segunda categoria não sabe?
- Isso é para quem se prende a estereótipos.
- Pois é, e como você respeita os Belmont, não se intromete nos negócios deles certo?
- Correto.
- E se eu dissesse que tem uma Belmont que está querendo se tornar um de nós?
- Se isso fosse verdade, ela estaria quebrando o pacto entre as 3 famílias míticas, das quais os Belmont, os King e os desaparecidos Tudos fazem parte, o que me obrigaria a caçá-la antes de levar adiante essa loucura.
- Pois bem minha cara. – Henrique sorri malignamente. “– Sua caça se chama Ágata Belmont.”
- Continue, estou te ouvindo... – Interrompe July King, com um brilho estranho em seu olhar...




CONTINUA...

Um comentário:

  1. Esperando ansiosa pelo próximo capítulo.
    A narrativa está bem envolvente. Parabéns :)

    A.M.

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